A Pontifícia Obra da Propagação da Fé (POPF) realizou no final de
semana, dias 11 a 14, a sua VII Assembleia Nacional. O encontro reuniu na sede
das POM, em Brasília (DF), coordenadores estaduais da Juventude Missionária
(JM) e representantes das Famílias Missionárias e Idosos Missionários.
Na missa do 3º Domingo do Advento, ao comentar sobre a figura de
João Batista, o secretário nacional da Pontifícia Obra de São Pedro Apóstolo,
padre Savio Corinaldesi, SX, refletiu sobre a missão dos cristãos hoje. “A
mesma pergunta que o povo fez a João Batista, as comunidades vão fazer para nós
hoje quando voltarmos para casa. Quem são vocês? Estão fazendo o que? O que
podemos esperar de vocês? Aí se trata de dar uma resposta que seja objetiva,
concreta e significativa”. Segundo padre Sávio, um dos grandes problemas é que
“nós trabalhamos muito no supérfluo e nem tocamos os problemas sérios. Eu
esperava que no nosso encontro houvesse polêmica sobre a corrupção, política,
situação econômica, sobre o assassinato de jovens, coisas que tocam a vida do
povo. Nós não somos tocados por isso, mas se não entrarmos nessa profundidade,
seremos insignificantes”, argumentou.
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Canção Nova
Padre Sávio é italiano e está no Brasil há 47 anos, 13 dos quais
a serviço das POM. Ele trabalhou em Altamira (PA) e recorda que lá havia uma
loja que vendia etiquetas. As pessoas não podendo comprar roupas e calçados de
marca, compravam etiquetas e as pregavam em produtos mais baratos. “Eu tenho a
impressão que usamos o nome de missionário como se fosse uma etiqueta. Para que
isso não aconteça precisaria que nós tivéssemos mais significado na história da
humanidade. Eu gostaria que nós não apenas rezássemos pelas pessoas que sofrem,
mas que nos especializássemos nessas situações. Nós temos que significar alguma
coisa”, destacou o missionário e finalizou: “as pessoas do mundo inteiro estão
dizendo aos jovens missionários: são vocês aqueles que nós estamos esperando ou
temos de esperar por outros. Qual é a nossa resposta?”
Jornada do Jovem Missionário para 2015
Parte central na programação foi a elaboração do itinerário para
a formação do discipulado missionário a ser utilizado pelos grupos de JM em
todo o Brasil. O trabalho contou com a assessoria do padre Maurício Jardim, da
arquidiocese de Porto Alegre (RS) e missionário em Moçambique por três anos.
“Se o programa essencial da missão é fazer discípulos, então precisa definir o
que significa ser discípulo de Jesus”, lembrou padre Maurício. “A condição
preliminar para seguir Jesus é tornar-se ‘pobre em espírito’: um humilde
aprendiz que está sempre a caminho. O discipulado é processual, não é algo
concluído”, ressaltou.
A Jornada do Jovem Missionário buscará traçar um caminho
formativo com os jovens ligados a Obra da Propagação da Fé. Como primeiro
momento, o material que continuará a respeitar as quatro áreas integradas,
abordará a escuta como tempo de conhecer as realidades juvenis a partir da
Palavra de Deus. Como consequência da escuta e para dar o segundo passo da
Jornada, os jovens serão convidados a aderir ao projeto do Nazareno pelo
Encontro pessoal com Jesus. Assim os jovens serão formados para o seguimento
que os levará à missão, respectivamente terceiro e quarto passo do subsídio.
A proposta feita pelo secretário nacional da Obra, Guilherme
Cavalli, aos coordenadores é que esse seja o caminho desenvolvido durante o ano
de 2015. Na sequência, os representantes dos estados trabalharam os roteiros de
encontros que darão base ao material a ser disponibilizado aos grupos de todo o
país.
“Jesus Cristo chamou todos nós para seremos seus discípulos e
amigos! Sejamos fieis e perseverante na caminhada”. Com essa motivação a
assembleia encerrou no domingo, 14, com a celebração de envio.
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Fonte: pom.org.br
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