“Como gostaria
de encontrar as palavras para encorajar uma estação missionária mais ardorosa,
alegre, generosa, ousada, cheia de amor até ao fim e feita de vida
contagiante”, disse o Papa, citando sua Exortação Apostólica Evangelii Gaudium.
Com essas
palavras, o papa Francisco conclui no último sábado, 06, sua série de
audiências com os participantes da Assembleia Geral das Pontifícias Obras
Missionárias, que se encerrou no sábado, 06. Em seu discurso, Francisco
recordou que a atividade missionária constitui ainda hoje o maior desafio para
a Igreja.
Promoção
humana
Sem a
inquietação e ânsia da evangelização – ressaltou –, não é possível desenvolver
uma pastoral crível e eficaz, que una anúncio e promoção humana.
Portanto, a
Congregação para a Evangelização dos Povos e as Pontifícias Obras Missionárias
(POM) são protagonistas de uma renovada evangelização, chamadas a atuar nas
fronteiras geográficas e humanas, a sair pelas estradas e ir ao encontros dos
irmãos e irmãs que vivem sem a força, a luz e a consolação de Cristo, em
especial os pobres e marginalizados.
Missão
Aos responsáveis
pelas POM, o Pontífice pediu que estejam atentos a não cair na tentação de se
tornarem uma ONG, um escritório de distribuição de subsídios ordinários e
extraordinários. “O dinheiro é um auxílio, mas pode se tornar também a ruína da
missão”, advertiu.
“Com tantos
planos e programas, não deixem Jesus Cristo fora da Obra Missionária. Uma
Igreja que se reduz à eficiência dos aparatos de partido já morreu, mesmo que
as estruturas e os programas em favor dos clérigos e dos leigos “auto-ocupados”
durem ainda por séculos.”
Autenticidade
Para Francisco,
uma verdadeira evangelização não é possível sem a energia santificadora do
Espírito Santo, o único capaz de renovar e impulsionar a Igreja numa saída
autêntica de si para evangelizar todos os povos.
E concluiu: “Que
Nossa Senhora, estrela da evangelização, nos dê sempre a paixão pelo Reino de
Deus, para que a alegria do Evangelho chegue aos confins da terra e nenhuma
periferia fique sem a Sua luz”.
Na Assembleia
Geral, participa o diretor das POM no Brasil, Pe. Camilo Pauletti, que comentou
as palavras do Pontífice.
"As
Pontifícias Obras Missionárias, junto com a Congregação para Evangelização dos
Povos, são a alma da Igreja. Delas deve brotar a força que a Igreja tem. Papa
Francisco pareceu muito sincero e humano, sempre ressaltando sua preocupação
com os pobres, excluídos e marginalizados. O que Francisco faz é uma retomada
do próprio Evangelho e sempre nos encoraja a repetir esses gestos".
Com informação:
Rádio Vaticano
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